Piauiense
constrói barco em casa e quer cruzar oceanos
Teresina é Show:
Paulo Afonso construiu um trimarã de
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é
preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu
sou:
Viver não é necessário; o que é
necessário é criar.
Os versos do poeta
português Fernando Pessoa bem poderiam representar o sonho de viver sobre as
águas do procurador da Fazenda Nacional, Paulo Afonso Pereira da Silva, 58
anos. Ele é uma das pessoas consideradas “show” e que participa do
programa especial “Teresina é Show” sobre o aniversário de 157 anos
da capital piauiense promovido pela TV Cidade Verde.
Fotos: Arquivo Pessoal/Veleiro-Aragem.com
Paulo Afonso usa o Li-Si-Ri em Macapá.
A paixão de
Afonso pelas embarcações começou quando tinha ele tinha sete anos e viu pela
primeira vez uma canoa no rio Marataoan
O sonho tornou-se
realidade a partir de suas próprias mãos depois que virou procurador. Em 1999,
Paulo construiu um veleiro de
Acima, o Li-Si-Ri sendo construído e
sendo preparado para entrar na água.
Agora, seu objetivo é
um vôo, ou melhor, navegação mais longa. “Depois que se constrói um
barco, dificilmente para-se naquele. No meu caso, por exemplo, ao construir o
Li-Si-Ri, meu primeiro barco, novos horizontes se abriram. Logo pensei na
construção de outro barco bem maior, que me permitisse não só pequenos
cruzeiros litorâneos, com necessários, confortáveis e seguros pernoites, mas
também viagens mais longas e eventualmente uma travessia, quem sabe?”,
afirma Afonso no site onde relata a
construção do trimarã (embarcação com três cascos paralelos) Aragem. O nome,
segundo ele, significa brisa suave.
Planta do Aragem. Embarcação foi matéria em
revista especializada nacional.
O novo barco do
procurador, que teve construção inicial em 2004, deve medir
Detalhes da construção do trimarã.
Veja na íntegra os versos de Fernando Pessoa:
"Navegar é preciso; viver não é
preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu
sou:
Viver não é necessário; o que é
necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em
gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder
como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica
do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a
pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo
da nossa Raça.
Carlos Lustosa Filho