Junho e julho |
Concluída
a laminação do convés, passei
à colocação das ferragens
fixas: fuzis, bases do guarda-mancebo e dos
púlpitos (Casco Principal e Flutuadores). A
confecção destas ferragens foi "tercerizada"
(dobras e soldagens), mas ficaram furos
e contra-chapas a serem feitos e o próprio
polimento das peças. Abaixo, imagem do convés
(boreste) mostrando as bases do guarda-mancebo e dos
púlpitos já fixados. Esta
última base (canto direito) e as duas à devante
(centro-esquerda) receberão os púlpitos de proa e
de popa do flutuador respectivo. As duas bases
intermediárias receberão os postes e os cabos do
guarda-mancebo que se estenderão desde os dois
púlpitos.
A seguir, imagens que mostram o interessante trabalho nas ferragens. Perfurando uma ferragem de estai. Aqui estou
aproveitando sobras de uma chapa de inox (testada com imã)
que fora usada na construção da base do motor,
para fazer o quadrante do Leme. O formato primeiro foi recortado com
esmeriladeira. Após serem preenchidos com solda inox os
furos existentes na chapa, as peças serão
acabadas no moto-esmeril e polidas pelo sistema descrito a
seguir.
O trabalho de confecção, acabado e polimento das ferragens tem sido um trabalho lento, mas gratificante quando se vê o resultado. Veja, por exemplo, a ferragem de estai abaixo. Não fica propriamente um espelho, pois para isto seria preciso processo industrial, que não combinaria com o sistema artesanal usado na construção da embarcação. Mas dá um brilho razoável. Note que
existe uma área escareada logo abaixo dos dois furos
existentes na extremidade superior da ferragem. É para dar
mais aderência à colagem que receberá
no transpasse do casco. A parte inferior da ferragem será
parafusada na antepara com uma contra-chapa pelo seu lado posterior.
Em detalhe
(acima), área de transpasse das ferragens, onde
haverá a colagem das mesmas após parafusamento
interno nas anteparas. Após a colagem restará um
rebaixo com cerca de 0,5cm para adição de
Sikaflex quando da fixação dos
reforços a serem parafusados no convés, cercando
as ferragens.
Abaixo, detalhes de ferragens já fixadas. O moto-esmeril usado no polimento das peças não resistiu à vibração das polias de pano, que não têm balanceamento. Tive que fazer uma base nova de madeira, que foi parafusada na carcaça do motor. Aqui, o
moto-esmeril preso por garras à bancada improvisada.
No processo de
polimento, após usar lixas com
granulações sucessivamente mais finas
(80/120/220/320), usei três polias de pano, também
usadas sucessivamente, sendo duas com pasta abrasiva
(previamente impregnadas) e uma sem nada, só para dar brilho.
Acima
você vê as polias de pano e as barras de pasta
abrasiva.
Nesta, vê-se o moto-esmeril com disco "flap" nº. 220 e a lixadeira com disco nº. 120. |