2009

Setembro


Continuei a construção do banheiro no Castelo de Popa. Colei o tampo da pia, já com suas aberturas para a cuba e para a torneira. Falta construir uma estrutura colada a fundo do casco, onde será fixada a bomba de pedal que alimentará a pia.

Como eu disse antes, a pia terá apenas um tampo, deixando espaço livre embaixo para manutenção/reparos no mecanismo do leme.

Abaixo, aspecto desta construção.


Também continuei a construção da Pilot House.

O projeto mostra um cockpit totalmente aberto. Não esquecer que é um projeto americano, onde um barco como o Searunner é usado para velejar sob um sol mais amistoso. Mesmo assim, muitos constroem algo para proteger-se, ainda que seja do mau tempo. Por isto vêem-se muitas cabinas de madeira, fibra ou mesmo lona. Aqui, sob o equador, além de algum mau tempo pela frente, proteger-se do sol é uma obrigação. Daí a minha opção pela Pilot House, um lugar abrigado e seguro de onde poderei fazer quase todos os trabalhos.

Fiquei longo tempo estudando como iria ser a tal Pilot House e que material eu usaria. Seria fixa? Removível? Cobriria todo o cockpit ou apenas as entradas da cabine? Usaria madeira, fibra? Ou simplesmente um toldo (dodger)?

Depois de muito sopesar prós e contras, decidi que seria fixa, com painéis de compensado estruturado em madeira e cobriria apenas
a metade do cockpit --- que é onde ficarão os comandos --- até a entrada da cabine a devante. Um dodger será usado para cobrir a outra metade a ré, por onde passa o motor. Apesar de estabelecer uma divisão, seria feita de modo a não prejudicar a comunicação de todos no cockpit. Assim, apenas as aberturas nos painéis laterais, nos cantos e na frente serão fechados com lâminas de policarbonato.

As aberturas são dispostas de modo a fornecer uma visão de 360 graus.

Veja o passo-a-passo da construção:





Estruturas da base coladas a parafusadas, prontas para receberem os painéis. Nas laterais e na frente os painéis terão a mesma inclinação que a Cabine principal sobre a qual será montada, fixadas nas longarinas com cola e parafusos, os quais traspassarão o compensado da Cabine principal. As dimensões e o formato da Pilot House prevêem um arranjo dos equipamentos e da cordaria (cabos) próprio para a navegação solo. No teto haverá uma passagem com sistema flexível de fechamento ao redor do mastro.






Ajustando painéis da Pilot House.



Fibrando painéis, previamente, no sistema peel-ply simples (sem vácuo). A fibragem, assim como o resinamento, procuro fazer sempre na posição mais horizontal possível.







Colando estruturas em painéis já fibrados externamente. Os painéis serão também resinados internamente, mas depois, como todo o cockpit, serão pintados de branco, ficando aparentes apenas as estruturas e as longarinas do teto. 






Vistas frontal e posterior da Pilot House sendo construída, vendo-se já fixados os painéis da entrada, das laterais e dos cantos. Repito: não é um dodger nem um hard tope, é uma Pilot House, com bom pé direito mas deixando bastante espaço para a retranca. Daí esse aspecto que o Aragem terá de um motorsailer ou mesmo de um trawler. Atende ao meu propósito de construir um barco para recreio e cruzeiros, não para competições.






Vistas frontal e posterior da Pilot House com seu teto sendo construído.